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Cada mirada estrena el mundo

miércoles, diciembre 17, 2003


Villancico para pedir posada

Los Peregrinos...
En el nombre del cielo, yo vos pido posada,
pues no puede andar, mi esposa amada.
Los de adentro contestan...
Aquí no es mesón, sigan adelante,
no les puedo abrir, no vaya a ser un tunante.
Los Peregrinos...
No sean inhumanos
Denos caridad
Que el dios de los cielos
Se lo premiará
Los de adentro contestan...
Ya se pueden ir, y no molestar
Porque si me enfado
Los voy a palear
Los Peregrinos...
Venimos rendidos
Desde Nazaret
Yo soy carpintero
De nombre José
Los de adentro contestan...
No me importe el nombre
Déjenme dormir
Pues yo ya les dijo
Que no hemos de abrir
Los Peregrinos...
Posada le pido, amado casero, pues madre va a ser,
la reina del cielo
Los de adentro contestan...
Pues si es una reina, quien lo solicita,
como es que de noche, anda tan solita.
Los Peregrinos...
Mi esposa es María
Reina del cielo
Y madre va hacer
Del divino verbo
Los de adentro contestan...
Eres tu José
Tu esposa es María
Entren peregrinos
No lo conocía
Los Peregrinos...
Dios pague señores
Nuestra caridad
Y os colme el cielo
De felicidad
TODOS...
Dichosa la casa
Que abriga este día
A la virgen pura
La hermosa María.
Entren Santos Peregrinos, Peregrinos...
Reciban este rincón,
que aunque es pobre la morada,
la morada...
vos la doy de corazón.

domingo, diciembre 14, 2003

Ontem eu falei da piñata e alguém pode estar se perguntando de onde vem esta tradição mexicana.
Fui procurar saber e encontrei muitas informações diferentes.
a.que foi criada na China e de lá trazida para a Itália por Marco Polo
b.que veio diretamente da China para o México
c.que foi levada pelos árabes à Espanha e que os espanhóis a trouxeram para o México
d.que os astecas ja fazian adornos em forma de piñas (abacaxi) para suas festas e que de aí vem a tradição.
Conclusão? Não sei não. O que sei é que é uma tradição mexicana e que é bem divertida.

sábado, diciembre 13, 2003

Natal aquí no México é comemorado prá valer. Logo depois do feriado de 2 de Novembro a gente já começa a ver decoração de natal nas lojas e a escutar música natalina.
Uma coisa muito bonita é que se vê "noche buena" por todo lado. Noche Buena é como eles chamam aquí aquela flor vermelha que no Brasil é conhecida como "bico de papagayo". Lindo ver os quiosques de vendedores de noche buenas em cada esquina. A cidade se enche de vermelho e verde, que são as cores do natal e, ¡claro!, também as cores do México. E também chamam de noche buena a noite de natal.
As festas de Natal mesmo começam em 13 de Dezembro, quando se iniciam as Posadas. E as Posadas se repetem todas as noites até a de 24 de dezembro.
Como acho que dá para imaginar pelo nome, uma Posada é uma representação da história de Maria e José fugindo de Herodes e buscado pousada. A festa é bonita, com cânticos, festa religiosa mas também muito divertida e com muita comida ou não seria uma festa mexicana.
Em toda posada há sempre uma piñata. A piñata é feita de papel e papelão, toda enfeitada e está cheia de doces, frutas, caramelos. Todas as pessoas da festa, uma de cada vez, com os olhos vendados, estilo cabra cega, tentam arrebentar a piñata com um bastão enquanto as outras pessoas cantam músicas muito engraçadas. Obviamente alguém também vai movendo a piñata para que se torne bem difícil acertá-la com o bastão. Quando finalmente um herói consegue, é uma farra, principalmente das crianças mas não só, todos agarrando quantos doces podem.
E a festa se repete, cada vez em uma casa durante todas as noites até a noche buena.

viernes, diciembre 12, 2003

El Dinosaurio

Cuando despertó, el dinosaurio todavía estaba allí.

Augusto Monterroso

miércoles, diciembre 10, 2003

In a Station of the Metro

The apparition of these faces in the crowd;
Petals on a wet, black bough.

Ezra Pound

martes, diciembre 09, 2003

Para mí, los versos de Juarroz son así como él lo dice en su poema, son capaces de traspasarnos e ir al fondo del alma.

ALGUN DÍA...

Algún día encontraré una palabra
que penetre en tu vientre y lo fecunde,
que se pare en tu seno
como una mano abierta y cerrada al mismo tiempo.
Hallaré una palabra
que detenga tu cuerpo y lo dé vuelta,
que contenga tu cuerpo
y abra tus ojos como un dios sin nubes
y te use tu saliva
y te doble las piernas.
Tú tal vez no la escuches
o tal vez no la comprendas.
No será necesario.
Irá por tu interior como una rueda
recorriéndote al fin de punta a punta,
mujer mía y no mía
y no se detendrá ni cuando mueras.

Roberto Juarroz

lunes, diciembre 08, 2003

A sonoridade deste poema...ai!!!


Trem de Ferro

Café com pão
Café com pão
Café com pão

Virge Maria que foi isso maquinista?

Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa, fumaça
Corre, cerca

Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu preciso
Muita força
Muita força
Muita força

(trem de ferro, trem de ferro)

Oô...

Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pasto
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
Da ingazeira
Debruçada
No riacho
Que vontade
De cantar!

Oô...

(café com pão é muito bom)

Quando me prendero
No canaviá
Cada pé de cana
Era um oficiá

Oô...

Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matar minha sede

Oô...

Vou mimbora vou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no sertão
Sou de Ouricuri

Oô...

Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...

(trem de ferro, trem de ferro)

Manuel Bandeira

domingo, diciembre 07, 2003

Dona Doida

Uma vez, quando eu era menina, choveu grosso
com trovoadas e clarões, exatamente como chove agora.
Quando se pôde abrir as janelas,
as poças tremiam com os últimos pingos.
Minha mãe, como quem sabe que vai escrever um poema,
decidiu inspirada: chuchu novinho, angu, molho de ovos.
Fui buscar os chuchus e estou voltando agora,
trinta anos depois. Não encontrei minha mãe.
A mulher que me abriu a porta, riu de dona tão velha,
com sombrinha infantil e coxas à mostra.
Meus filhos me repudiaram envergonhados,
meu marido ficou triste até a morte,
eu fiquei doida no encalço.
Só melhoro quando chove

Adélia Prado

sábado, diciembre 06, 2003

Siempre hay un hueco en los troncos
donde encaja bien mi espalda.
Eso me hace sentir mejor
a pesar de mis tristezas diarias.
Da gusto saber
que encajo en algún sitio.
Da gusto saber
que todo lo que me rodea en este
instante
es tan sólo madera.

Lola Pandelet

viernes, diciembre 05, 2003

o pensamento é transparente vou pensando e ninguém vê e se não prestar atenção nem mesmo eu percebo o que estou pensando e o pensamento vai me levando cada vez mais fundo e quando vejo estou na toca do coelho comemorando meu desaniversário quando eu tinha cinco anos adorava escutar alice no toca discos do meu pai e eu queria muito ter um prá mim um toca discos prá poder ouvir alice sem parar e não só quando meu pai queria que eu ouvisse se eu tivesse tido um quem sabe hoje não me lembraria tanto da alice caindo na toca do coelho o que eu não sei é se isso seria melhor ou pior talvez não fosse bom porque essa é justo uma das memórias de que mais gosto e agora não teria esse prazer de cair na toca do coelho sem que ninguém perceba e ficar lá por uns segundos até que o pensamento me leve a outro lugar que até pode ser real mas como o pensamento é transparente ninguém vê e se alguém quizer ver tem que pensar também

Frida M.

jueves, diciembre 04, 2003

Este foi o primeiro poema de Sophia que li. Foi na versão mexicana da revista Letras Libres e estava em espanhol. Usando uma expressão local, “me encanto”.
Não e um poema de saudades de Lisboa ou saudades da terrinha, como tantos, é um poema de quem chega a Lisboa e a reve, experiência que há que viver para saber como é.
Finalmente encontrei o poema em português.
Deleitante.


Lisboa

Quando atravesso - vinda do sul - o rio
E a cidade a que chego abre-se como se do meu nome nascesse
Abre-se e ergue-se em sua extensão nocturna
Em seu longo luzir de azul e rio
Em seu corpo amontoado de colinas -
Vejo-a melhor porque a digo
Tudo se mostra melhor porque digo
Tudo mostra melhor o seu estar e a sua carência
Porque digo
Lisboa com seu nome de ser e de não-ser
Com seus meandros de espanto insónia e lata
E seu secreto rebrilhar de coisa de teatro
Seu conivente sorrir de intriga e máscara
Enquanto o largo mar a Ocidente se dilata
Lisboa oscilando como uma grande barca
Lisboa cruelmente construída ao longo da sua própria ausência
Digo o nome da cidade
- Digo para ver

Sophia de Mello Breyner

miércoles, diciembre 03, 2003

Outra Poética

Evitar
desde ahora una palabra:
yo. Mirar sin ideas.

Evitar
las imágenes, algunas imágenes,
las que sean poéticas.

Escribir
como el que hiciera cuentas
en los márgenes del papel usado.

Evitar
hacerse sangre en la planta del pie
con los trozos de las palabras rotas
al caminar descalzos.

Evitar
las poéticas y los infinitivos
y las palabras grandes,
porque cualquiera sirve.

Evitar,
evitarse.

Porque cada palabra
corre el riesgo de ser
la palabra de más.


Javier Rodriguez Marcos

martes, diciembre 02, 2003

EN PAZ

El gato duerme en la cocina
mientras la lluvia corre afuera.
Cien y mil años de penumbra.
La tarde solo un soplo afuera.

El gato duerme desde cuándo,
la lluvia es otra y otra, afuera.
El gato en paz, en paz el sueño,
y el agua hacia la mar
[—afuera.

Eliseo Diego

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