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Cada mirada estrena el mundo

martes, septiembre 30, 2003

Hablar sin tener nada que decir

hablar
sin tener nada
que decir

comunicar
en silencio
las necesidades
del alma

dar voces
a las arrugas
del rostro
a las pestañas
de los ojos
a las comisuras
de la boca

hablar
teniéndose de la mano

callar
teniéndose de la mano

Paul Eluard

lunes, septiembre 29, 2003

"No las palabras no hacen el amor
hacen la ausencia
si digo agua ¿beberé?
si digo pan ¿comeré?"

Alejandra Pizarnik

domingo, septiembre 28, 2003

El Gran Espejo

Vivimos
bajo el gran espejo.
¡El hombre es azul!
¡Hosanna!

Federico Garcia Lorca

sábado, septiembre 27, 2003

"Mi verdadero, mi único lenguaje está hecho de formas. De las palabras he prescindido lo más posible, quizá porque jamás logré expresarme a través de ellas con la eficacia y la sinceridad de mis pinturas." Rufino Tamayo

jueves, septiembre 25, 2003

Vaca Profana

Respeito muito minhas lágrimas, mas ainda mais minha risada
Escrevo assim minhas palavras na voz de uma mulher sagrada
Vaca profana põe teus cornos prá fora e acima da manada
Ê, dona de divinas tetas, derrama o leite bom na minha cara
E o leite mau na cara dos caretas
Segue a "movida Madrileña", também te mata Barcelona
Napoli Pino, Pí, Pau, punks, picassos movem-se por Londres
Bahia onipresentemente, Rio e belíssimo horizonte
Ê, vaca de divinas tetas, la leche buena toda em mi garganta
La mala leche para los "puretas"
Quero que pinte amor Bethânia, Stevie Wonder, Andaluz
Mais do que tive em Tel Aviv, perto do mar, longe da cruz
Mas em composição cubista, meu mundo Thelonius Monk's blues
Ê, dona das divinas tetas, quero teu leite todo em minha alma
Nada de leite mau para os caretas
Sou tímido e espalhafatoso, torre traçada por Gaudi
São Paulo é como um mundo todo, no mundo um grande amor perdi
Caretas de Paris e New York, sem mágoas estamos aí
Ê, vaca das divinas tetas, teu bom só para o oco, minha falta
E o resto inunde as almas dos caretas
Mas eu também sei ser careta, de perto ninguém é normal
Às vezes segue em linha reta, a vida que é meu bem, meu mal
No mais, as "ramblas" do planeta, "Orchata de chufa, si us plau"
Ê, deusa de assombrosas tetas, gotas de leite bom na minha cara
Chuva do mesmo bom sobre os caretas, la mala leche para los "puretas"
Nada de leite mau para os caretas, e o leite mal na cara dos caretas
Chuva do mesmo bom sobre os caretas, e o resto inunde as almas dos caretas

Caetano Veloso


miércoles, septiembre 24, 2003

Reconstituição

Tive de repente
saudade da bebida que eu estava bebendo...
tive saudade e tentei me lembrar que gosto faltava,
qual era a bebida...
Fui procurando entre copos e móveis
e dei com sua boca.
A saudade era dela
A bebida era o beijo.

Elisa Lucinda

martes, septiembre 23, 2003

XXII

Amor, amor, aquel y aquella
Si ya no son, dónde se fueron?
Ayer, ayer dije a mis ojos
Cuándo volveremos a vernos?
Y cuando se muda el paisaje
Son tus manos o son tus guantes?
Cuando canta el azul del agua
Cómo huele el rumor del cielo?

Libro de las preguntas ( Pablo Neruda )

lunes, septiembre 22, 2003

Bocage

Entre as tartáreas forjas, sempre acesas,
Jaz aos pés do tremendo, estígio nume,
O carrancudo, o rábido Ciúme,
Ensangüentadas as corruptas presas.

Traçando o plano de cruéis empresas,
Fervendo em ondas de sulfúreo lume,
Vibra das fauces o letal cardume
De hórridos males, de hórridas tristezas.

Pelas terríveis Fúrias instigado,
Lá sai do Inferno, e para mim se avança
O negro monstro, de áspides toucado.

Olhos em brasa de revés me lança,
Ó dor! Ó raiva! Ó morte!... Ei-lo a meu lado,
Ferrando as garras na vipéria trança.

domingo, septiembre 21, 2003


O coração da aranha
se desfaz em geometria
de seda e mandala
Yeda Prates


"para fazer uma teia num minuto
a aranha cobra pouco
apenas um mosquito"
Paulo Leminski

sábado, septiembre 20, 2003

Diego Rivera é um dos mais conhecidos artistas mexicanos. Os murais são sua produção mais famosa mas são seus quadros que nos encantam.
Este das melancias -sandías en espanhol- faz par com um hai kai perfeito de Juan Jose Tablada, poeta mexicano.

SANDÍA

¡Del verano, roja y fría
carcajada,
rebanada
de sandía!

viernes, septiembre 19, 2003

"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."

Clarice Lispector

jueves, septiembre 18, 2003

Mentes nubladas


Frida thinks: ...chuva, chuva , chuva, é tao bom quando começa a chover acho que é bom quando começa mas não quando continua o dia todo aí vira um saco saco de lama e esfria e daí dá vontade de comer não sei porque isso de que ficar em casa com chuva da vontade de comer principalmente de comer doce não faz tanto sentido se a chuva fosse amarga mas não é e até pode ser doce quando não é forte demais
Cobaltto thinks: ler, ler, ler estórias de vampiro com a chuva batendo na janela. No criado mudo doce, chocolate com cara de bolinho de chuva. O Lestat na porta.
Frida thinks: ...chocolate de Oaxaca dissolvido em leite quente mas ai que preguiça de preparar e não é so preguiça é o estomago cheio também será que não consigo desviar o pensamento para outra coisa mas pensamento é assim mesmo a gente não pensa o que quer a gente pensa o que aparece para ser pensado os pensamentos estão no ar estão aí para ser pensados e a gente vai pensando e acreditando que é dona dos pensamentos que tem...
Cobalto thinks: Dos pensamentos de gulas. Pensamento assim..gulosos.Chove para isso, para encharcar a terra, prá gente encharcar a mente de letras, o estômago de comida, bebida, delícias..o corpo..bem o corpo..que fazer dele enquanto chove?
Frida thinks: do que eu não gosto dos dias chuvosos é que são escuros prefiro um dia mais luminoso o ideal seria um dia de chuva com um sol bem amarelo nem tão molhado nem tão quente chuva e sol casamento de espanhol sol e chuva casamento de viúva será que depende do que aparece primeiro se primeiro vem o sol casa a viúva e se primeiro vem a chuva casa o espanhol?

viernes, septiembre 12, 2003

Orden del Día

" Mantener el alma en estado de marcha,
mantener el contingente a distancia,
mantener el alma por sobre la refriega,
mantener a Dios como una idea cualquiera,
un apoyo, una eventualidad,
una comarca salvaje del universo poético,
mantener las promesas de la infancia,
mantener a raya la adversidad,
no dar cuartel al adversario,
mantener la palabra abierta,
hacer pagar caro a sus debilidades,
no dejarse arrastrar por la corriente,
mantener su rango en el rango de aquellos
que están decididos a mantener al hombre
en posición estimable,
no dejarse seducir por lo fácil
bajo el pretexto de que los peores
se elevan cómodamente al más alto nivel mientras
los mejores difícilmente mantienen el camino,
ser digno del privilegio de ser
bajo la forma más lograda: el hombre.
O mejor aún, la mujer."

Jean-Pierre Rosnay

jueves, septiembre 11, 2003

Uma Arte

A arte de perder não é nenhum mistério:
tantas coisas contêm em si o acidente
de perdê-las, que perder não é nada sério.
Perca um pouquinho a cada dia.

Aceite, austero, a chave perdida
a hora gasta bestamente.
A arte de perder não é nenhum mistério.

Depois perca mais rápido, com mais critério:
lugares, nomes, a escala subseqüente
da viagem não feita, nada disso é sério.
Perdi o relógio da mamãe.

Ah, e nem quero
lembrar a perda de três casas excelentes.
A arte de perder não é mistério.
Perdi duas cidades lindas.
E um império que era meu
dois rios, e mais um continente.

Tenho saudades deles.
Mas não é nada sério.
Mesmo perder você (a voz, o riso etéreo que eu amo)
não muda nada.
Pois é evidente
que a arte de perder não chega a ser mistério
por muito que pareça muito sério.

Elisabeth Bishop
Diálogo a Dois

“A Angústia, Augusto, esse leão de areia”
Décio Pignatari

A Angústia, Augusto, esse leão de areia
Que se abebera em tuas mãos de tuas mãos
E que desdenha a fronte que lhe ofertas
(Em tuas mãos de tuas mãos por tuas mãos)
E há de chegar paciente ao nervo dos teus olhos,
É o Morto que se fecha em tua pele?
O Expulso do teu corpo no teu corpo?
A Pedra que se rompe dos teus pulsos?
A Areia areia apenas mais o vento?

A Angústia, Pignatari, Oleiro de Ouro,
Esse leão de areia digo este leão
(Ah! O longo olhar sereno em que nos empenhamos,
Que é como se eu me estrangulasse com os olhos)
De sangue:
Eu mesmo, além do espelho.

Augusto de Campos


lunes, septiembre 08, 2003

Porquinho-da-Índia

Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração me dava
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele prá sala
Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos
Ele não gostava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas . . .
— O meu porquinho-da-índia foi minha primeira namorada.

Manuel Bandeira

domingo, septiembre 07, 2003

TRÉGUA / TREGUA

Hoje estou velha como quero ficar. / Hoy estoy vieja como quiero estar.

Sem nenhuma estridência. / Sin ninguna estridencia.

Dei os desejos todos / Cambié todos los deseos

por memória e rasa xícara de chá. / por recuerdos y una tacita de té.


Adelia Prado ( Traducción de Diana Bellessi )
Poética

Las cosas no sólo no son como son sino que ni siquiera son como parecen; las cosas, en general, son como duelen.

Santiago Montobbio (Barcelona)

viernes, septiembre 05, 2003

A las mujeres en lo que a mi respecta

" Los sentimientos que no tengo no los tengo,
los sentimientos que no tengo no diré que los tengo,
los sentimientos qué tú dices tener no los tienes,
los sentimientos que a ambos nos gustaría tener ninguno de los dos los tenemos,
los sentimientos que la gente tendría que tener nunca los tiene,
si la gente dice que tiene sentimientos,
puedes estar segura que no tienen nada,
de modo que si quieres que sintamos algo,
olvídate de cualquier idea de sentimientos. "

D. H. Lawrence

jueves, septiembre 04, 2003

Fazia muito tempo que eu não lia Brecht. Vergonhoso, mas eu nem sabia mais direito se o ch do seu nome está antes ou depois do t. Mas encontrei este poema e me trouxe muitas recordações. Principalmente os três últimos versos. Assim que, blogar era a consequência natural deste fato e aqui está o poema.


Contra la seducción

" No os dejéis seducir:
no hay retorno alguno.
El día está a las puertas,
hay ya viento nocturno:
no vendrá otra mañana.
No os dejéis engañar
con que la vida es poco.
Bebedla a grandes tragos
porque no os bastará
cuando hayáis de perderla.
No os dejéis consolar.
Vuestro tiempo no es mucho.
El lodo, a los podridos.
La vida es lo más grande:
perderla es perder todo. "

Bertolt Brecht

miércoles, septiembre 03, 2003

Caminante, son tus huellas
el camino, y nada más;
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar,
Al andar se hace el camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante, no hay camino,
sino estelas en el mar.

Antonio Machado

martes, septiembre 02, 2003

El amor en los tiempos de cólera (fragmento)


" Terminaron por conocerse tanto, que antes de los treinta años de casados eran como un mismo ser dividido, y se sentían incómodos por la frecuencia con la que se adivinaban el pensamiento sin proponérselo, o por el accidente ridículo de que el uno se anticipara en público a lo que el otro iba a decir. Habían sorteado juntos las incomprensiones cotidianas, los odios instantáneos, las porquerías reciprocas y los fabulosos relámpagos de gloria de la complicidad conyugal. Fue la época en que se amaron mejor, sin prisa y sin excesos, y ambos fueron mas conscientes y agradecidos de sus victorias inverosímiles contra la adversidad. La vida había de depararles todavía otras pruebas mortales, por supuesto, pero ya no importaba: estaban en la otra orilla. "

Gabriel García Márquez

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