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Cada mirada estrena el mundo

jueves, febrero 26, 2004

"I can't stand to sing the same song the same way two nights in succession, let alone two years or ten years. If you can, then it ain't music, it's close-order drill or exercise or yodeling or something, not music."

Billie Holiday

martes, febrero 24, 2004

Pra curtir a flor do Lácio nada melhor que um soneto daquele que transformou a inculta em bela.


Camões

Transforma-se o amador na cousa amada,
Por virtude do muito imaginar;
Não tenho logo mais que desejar,
Pois em mim tenho a parte desejada.

Se nela está minha alma transformada,
Que mais deseja o corpo de alcançar?
Em si somente pode descansar,
Pois consigo tal alma está liada.

Mas esta linda e pura semidéia,
Que, como o acidente em seu sujeito,
Assim com a alma minha se conforma,

Está no pensamento como idéia;
E o vivo e puro amor de que sou feito,
Como a matéria simples busca a forma.

viernes, febrero 20, 2004

Carlos Lévano

Pasa la mayor parte de su vida ideando historietas; siendo su anhelo no estar jamás escaso de historias que dibujar. El hecho de componer secuencias narrativas lo lleva a devorar gran cantidad de libros para buscar lo mas original y maravilloso de la tradición literaria universal. Su pasión por el arte es general, siendo así que los artistas con los que mas se identifica son cantantes y músicos; vale decir: Carlos Gardel (el celebérrimo intérprete de tangos), Joao Gilberto (la voz del bossa nova), Bill Evans (el piano lírico del jazz), Miles Davis (el genial trompetista, el músico mas innovador de la segunda mitad del siglo XX), John Coltrane (el saxo tenor de expresión mas completa del free jazz), Charles Mingus (el genio del contrabajo, indispensable en la lista de los mas grandes directores y arreglistas de la historia), entre otros.

martes, febrero 17, 2004

Fragmentos

Muros castos e tristes
Cativos de si mesmos
Como criaturas que envelhecem
Sem conhecer a boca
De homens e mulheres.
Muros Escuros, tímidos:
Escorpiões de seda
No acanhado da pedra.
Há alturas soberbas
Danosas, se tocadas.
Como a tua própria boca, amor,
Quando me toca...

Hilda Hilst


domingo, febrero 15, 2004

Debaixo do colchão tenho guardado
o coração mais limpo desta terra
como um peixe lavado pela água
da chuva que me alaga interiormente
Acordo cada dia com um corpo
que não aquele com que me deitei
e nunca sei ao certo se sou hoje
o projecto ou memória do que fui
Abraço os braços fortes mas exactos
que à noite me levaram onde estou
e, bebendo café, leio nas folhas
das árvores do parque o tempo que fará
Depois irei ali além das pontes
vender, comprar, trocar, a vida toda acesa;
Mas com cuidado, para não ferir
as minhas mãos astutas de princesa.

António Franco Alexandre in Quatro Caprichos

sábado, febrero 14, 2004

CANCIÓN PARA TODAS LAS QUE ERES

No solo el hoy fragante de tus ojos amo
sino a la niña oculta que allá dentro
mira la vastedad del mundo con redondo
azoro, y amo a la extraña gris que me recuerda
en un rincón del tiempo que el invierno
ampara. La multitud de ti, la fuga de tus horas,
amo tus mil imágenes en vuelo
como un bando de pájaros salvajes.
No solo tu domingo breve de delicias
sino también un viernes trágico, quien
sabe, y un sábado de triunfos y de glorias
que no veré yo nunca, pero alabo.
Niña y muchacha y joven ya mujer,
tu todas, colman mi corazón, y en paz las amo.

Eliseo Diego

jueves, febrero 12, 2004

" En el amor es donde menos existe la piedad: en el amor cuenta siempre lo más pequeño, lo insignificante: esa precisión minuciosa le otorga su ser. Nada se olvida. Si uno dice: quiero todo, hay que entenderlo así: todo. Acaso sólo un caníbal podría ser aquí consecuente. Sin embargo, el canibalismo anímico es mucho más complicado: hay que advertir que se trata de dos caníbales que se devoran al mismo tiempo. "

Elias Canetti

martes, febrero 10, 2004

A Girl

The tree has entered my hands,
The sap has ascended my arms,
The tree has grown in my breast- Downward,
The branches grow out of me, like arms.

Tree you are, Moss you are,
You are violets with wind above them.
A child - so high - you are,
And all this is folly to the world.

Ezra Pound

lunes, febrero 09, 2004

EN UXMAL

MEDIODÍA

La luz no parpadea,
el tiempo se vacía de minutos,
se ha detenido un pájaro en el aire.

Octavio Paz

domingo, febrero 08, 2004

Stultifero Pensar

…pensando na morte da bezerra? não sei o que exatamente minha mãe queria dizer mas lembro que todas as vezes que me perguntava isso eu estava presa entre a preguiça e a melancólica culpa de não estar fazendo nada e persisitindo em estar assim inerte meio paralizada pelo tédio não sei que significado minha mãe dava à pergunta mas sei que eu criança imaginava que a coitada da bezerra não tinha nenhuma importância e não merecia siquer um minuto dos pensamentos de alguém pura perda de tempo pensar nela que já havia morrido mesmo e eu tinha pena da bezerra que acho que era pena de mim mesma por estar ali querendo alguma coisa que nem mesmo eu sabia o que era e que nunca ia saber como ainda hoje não sei quando me acontece estar assim e até que pensar na bezerra era bom porque sempre podia imaginar alguma coisa sobre a pobre bezerra e como a coitada era ela me livrava do tédio e da melancolia…

Frida M

sábado, febrero 07, 2004

Disyuntiva

Yo quería escribir
Un poema,
Luego tuve la intención
Y el poema se quedó allí
Detenido,
Atrapado,
Carbonizado entre la chispa
De las dos intenciones
Y aquí
Lo dejo.

Rafael Cadenas

jueves, febrero 05, 2004

O Minotauro

Em Creta
Onde o Minotauro reina
Banhei-me no mar

Há uma rápida dança que se dança em frente de um toiro
Na antiquíssima juventude do dia
Nenhuma droga me embriagou me escondeu me protegeu
Só bebi retsina tendo derramado na terra a parte que pertence aos deuses

De Creta
Enfeitei-me de flores e mastiguei o amargo vivo das ervas
Para inteiramente acordada comungar a terra
De Creta
Beijei o chão como Ulisses
Caminhei na luz nua

Devastada era eu própria como a cidade em ruína
Que ninguém reconstruiu
Mas no sol dos meus pátios vazios
A fúria reina intacta
E penetra comigo no interior do mar
Porque pertenço à raça daqueles que mergulham de olhos abertos
E reconhecem o abismo pedra a pedra anémona a anémona flor a flor
E o mar de Creta por dentro é todo azul
Oferenda incrível de primordial alegria
Onde o sombrio Minotauro navega

Pinturas ondas colunas e planícies
Em Creta
Inteiramente acordada atravessei o dia
E caminhei no interior dos palácios veementes e vermelhos
palácios sucessivos e roucos
Onde se ergue o respirar da sussurrada treva
E nos fitam pupilas semi-azuis de penumbra e terror
Imanentes ao dia –
Caminhei no palácio dual de combate e confronto
Onde o Príncipe dos Lírios ergue os seus gestos matinais

nenhuma droga me embriagou me escondeu me protegeu
O Dionysos que dança comigo na vaga não se vende em nenhum mercado negro
Mas cresce como flor daqueles cujo ser
Sem cessar se busca e se perde e se desune e se reúne
E esta é a dança do ser

Em Creta
Os muros de tijolo da cidade minoica
São feitos com barro amassado com algas
E quando me virei para trás da minha sombra
Vi que era azul o sol que tocava o meu ombro

Em Creta onde o Minotauro reina atravessei e vaga
De olhos abertos inteiramente acordada
Sem drogas e sem filtro
Só vinho bebido em frente da solenidade das coisas –
Porque pertenço à raça daqueles que percorrem o labirinto,
Sem jamais perderem o fio de linho da palavra

Sophia de Mello Breyner Andresen

miércoles, febrero 04, 2004

"...e tudo é tão redondo e completo na hora da morte, pois aí sim é que estás completamente acabado, inteirinho tu mesmo, nítido nítido, preciso, exato como um magnífico teorema..."

Hilda Hist

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